sábado, 27 de fevereiro de 2010

Profundo



Profundo
Tão fundo!
No submundo
Deste mundo...

És, no meu lodo semente
E deixas que ela dormente
Germine alegremente.

Alimento-a de mim em tuas águas
E faço com que as raízes me rasguem as mágoas.

Um dia, quando de mim restar o nada,
Ficará uma história
Que esvoaçará pelo vento, espalhada,
Ou se diluirá na chuva, ou na enxurrada.

Tu continuarás a viver contente
E eu virei ver-te, suavemente.

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