sábado, 4 de abril de 2009

as alergias



Tenho estado com aquelas crises alérgicas que me tomam na Primavera de cada ano. Eu e milhares de outras pessoas somos atacados pelos pólenes obrigando-nos a sofrer os espirros, as irritações cutâneas, as dores de cabeça, de garganta, a comichão irritante dos ouvidos, enfim todos os sintomas que não matam mas chateiam!
Este ano pus-me a pensar durante a mocada que os anti-histamínicos nos dão, sobre a razão pela qual somos cada vez mais vítimas destes desconfortos. Cá para mim é uma vingançazinha da Mãe Natureza. E vá lá, que ela o faz com relativa suavidade! Nós que passamos o tempo a feri-la, a explorá-la, a magoá-la, até nem nos podemos queixar muito.
À força de nos considerarmos a obra divina mais perfeita, de pensarmos que somos o pico da criação, estremecemos quando a base alargada do reino vegetal ou dos animais, como os ácaros, nos atacam. É o preço da nossa soberba.
Assim, só há duas coisas a fazer: ou começamos a conviver com maior cuidado com os nossos irmãos terrenos ou, inventamos uma vacina contra tudo o que não é humano.
Este dilema urge ser resolvido, pois corremos o risco de nos extinguirmos com a força de um espirro ou de um ataque de tosse. Pela minha parte, quando a minha cabeça estiver menos embrulhada comprometo-me a pensar no assunto.

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