domingo, 29 de março de 2009

Histórias de mim para ti ou histórias mágicas de reais acontecimentos


A andorinha



Um dia, uma andorinha negra, solitária, voou, voou muito alto.
Deitou-se numa nuvem cor-de-rosa, uma nuvem tapete, bem esticada, de malhas ralinhas que deixavam ver tudo cá em baixo. Como via bem as suas irmãs a esvoaçarem de um lado para o outro, levando alimento para os seus bebés-andorinhas!
A negra avezinha rio, enrolou-se na nuvem fazendo dela um rolinho de algodão e rebolou, rebolou pela estrada azul. Quando se cansou daquela brincadeira, foi buscar outros pedaços de nuvens e construiu um castelo muito grande, muito grande!
Depois, desceu até junto das suas amigas e levou-as com ela até ao castelo. Oh! Como se divertiram! Como nadaram na espuma de todas as cores! Zumba que zumba, as andorinhas pulavam, nem repararam que o Sol se fora embora e a Lua já sorria para elas.
De repente, uma das andorinhas-mãe. Lembrou-se dos seus filhos e, aos guinchos, alertou as companheiras que, aos trambolhões, desceram para os seus ninhos. Encontraram as suas crias cheias de fome e, embora estivessem cansadas, levaram a noite inteira a procurar comida para dar aos seus filhos.
De manhã, ao sol nascente, quando os olhos se levantaram ao céu, reparam num ponto negro que saltava sem parar numa nuvem esbranquiçada. Mas o ponto, foi aumentando, aumentando, até cair junto delas, a andorinha negra solitária com o bico entreaberto num sorriso infinito.

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