domingo, 22 de março de 2009

O que nos faz ser felizes




É quando existe a suspensão temporária das nossas necessidades básicas que nos apercebemos que, com a sua satisfação, obtemos os maiores prazeres. E são os prazeres mais elementares que equilibram o todo que somos; física, intelectual e emocionalmente.
Não precisamos de ir de aventura em aventura procurar experiências num hedonismo desesperado, basta repararmos o que está em falta.
O sono, a alimentação, a higiene, a drenagem os resíduos corporais, a respiração, a recuperação dos sentidos que por qualquer motivo se viram impedidos de funcionar em plenitude, são necessidades que ao verem-se satisfeitas nos fazem encantar com a vida. Significa isso que a vida podia ser muito mais fácil e tranquila.
Poder-se-á dizer que isso é limitar a existência à animalidade. Até pode ser mas, o que somos afinal? Ao invés de nos sentirmos ofendidos com a nossa condição animal, devíamos congratularmo-nos com isso. Talvez fosse uma boa maneira de nos sentirmos irmãos dos restantes seres vivos!... E desse modo, respeitarmos mais o mundo.
Um dos grandes erros da humanidade têm sido o facto de nos termos desconectado da Natureza, achamos que somos uma espécie privilegiada. E, uma das razões que mais tem contribuído para tal é a ideia dada por algumas religiosas, principalmente as de raiz judaica. Logo no livro do Génesis, surge o fundamento: Deus cria o Mundo para servir o Homem e para ser controlado por Ele.
É portanto este divórcio que nos faz sentir amputados, o sentimento de perca e a necessidade de procura. Nas religiões animistas de alguns povos antigos, o Homem era um homem, um ser com iguais responsabilidades e direitos de existir na Terra-Mãe, havia uma harmonia entre si e o mundo que o rodeava. O que não quer dizer que não houvesse gente infeliz. Está claro que sim, porque os homens mesmo que não dominem a Natureza têm necessidade de se dominarem entre si. No entanto, julgo que não sentiriam tão pungentemente esta necessidade de procurar prazer. Viviam-no e não o questionavam!
A nossa História tem-se debatido entre desejar ser feliz e o medo de o ser. É a nossa insatisfação que nos faz ser infelizes e, afinal é só prendermo-nos ao fio que nos liga aos outros seres!
Portanto, aprendam a ser felizes!

1 comentário:

casa da poesia disse...

"Queen of all the me, Radiant Light,
life-giving woman..."...!?...

os teus textos são bonitos!...bem-haja!