quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ai Obama a quanto obrigas!

A eleição de Baraca Obama começa a ser omnipresente e ameaça monopolizar todos os temas noticiosos. Sei perfeitamente, quer eu goste ou não, que os EUA são a potência maior do mundo actual, o modelo político e económico mas, o espectáculo a que temos assistido parece tê-los tornado no país suserano do mundo ocidental. A reportagem da eleição do novo presidente faz lembrar a entronização de um imperador, será que não há mais vida para além do que se passa do outro lado do Atlântico!
É interessante que nós, os portugueses, queixamo-nos do nosso Sebastianismo, mas a verdade é que o mundo sofre do mesmo mal. A humanidade está sempre à espera de um Salvador, um Moisés, que nos leve ao lugar onde escorre o mel e o leite. Todos procuramos o Paraíso Perdido, temos dificuldade em pegar pelos cornos o nosso destino.
Bem sei que o papel dos EUA foram determinantes no xadrez geopolítico após a Segunda Guerra do século XX, mas o preço que temos pago, tem sido tremendo, a nossa dependência, tem feito perder muito da nossa cultura e valores. A velha Europa, pode estar anquilosada, mas é dentro de nós que temos que procurar a renovação. Hoje a cultura europeia, faz lembrar uma velha vestida de adolescente.
Não sou conservadora nem europeísta convicta, nem podia sê-lo! Os povos ibéricos são diferentes, principalmente Portugal, porque nos corre no sangue outras fontes culturais, desde a Ásia, a América, para já não falar da nossa vizinha África. Não tivemos os conflitos que fizeram nascer os nacionalismos europeus, e embora sejamos pequenos e periféricos, construímos um país tranquilo e homogéneo.
Está na altura de reflectir naquilo que somos e procurarmos em nós mesmos uma nova forma de estar e de agir, fazendo valer a nossa solidariedade, diplomacia e tolerância aprendida com os nossos avós e ao mesmo tempo, experimentar um pouco de iniciativa e exigência dos tempos modernos. Não precisamos de chefes importados, devemos ter por aí um qualquer Viriato que nos una!

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