sábado, 17 de janeiro de 2009

Perfeitinhos, bem-comportados e parcimoniosos


Há quem goste de ser perfeitinho, bem comportado e parcimonioso.
Eu cá não tenho vocação para formiga. Nem sempre me agrada a simetria e pouco me importa a proporção dourada. Quanto à parcimónia, adoro cometer alguns excessos desde que não ponham em perigo a minha vida ou a dos outros.
Para esses, que passam pelo mundo sem o apreciar, que apenas tratam das suas coisinhas, que só pensam politicamente correcto, a vida deve ser bem chata!
Imaginem, se é que conseguem fazer esse exercício, que tudo era regulado, absolutamente igual sem risco de fantasias. Que tudo o que existe tinha que ter uma função de utilidade e para nossa subsistência, que a imaginação fosse uma aberração ou uma doença. Teríamos evoluído como humanos?
Quantos crimes se cometeram em nome da pseudo-perfeição? Alguns deles em prol da pureza da raça, da verdade da fé, em nome do Capitalismo ou do Comunismo!
Por isso me arrepia quando me falam de alguém que nunca prevarica, que é o paradigma da mulher, esposa, mãe, profissional, bela e sem rugas nem cabelos brancos. Ou de um homem que vive para o trabalho, que não gasta à toa, que é sempre educado e nunca se mete em sarilhos!

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