terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Miró
A aurora dos olhares espraia-se no horizonte da eternidade.

Veste as cores do espectro, diluídas no céu imenso e envolve-nos.

Mergulha num mar ondulante de emoções e procura apenas a serenidade.

Rebrilha no rosto do anjo que nos observa, é a lágrima que o comove.

Na plenitude, os olhares, lançam-se sobre si sorrindo.

Ficamos nus de pureza, no abandono dos corpos deitados em inocência.

Manifestamos a ternura sem gestos, apenas com a luz que nos tomou.

Depois, na maturidade de uma geração inteira, os esplendores vão fugindo... até se encontrarem de novo nos peitos sábios e portadores da serena paciência.

No final dos tempos desaguaremos no Universo que nos criou.

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