domingo, 18 de janeiro de 2009


Essa história de dizer que os impostos são uma forma de solidarizar a sociedade, cá para mim não passa de uma treta. Poucos são os que pensam em tal coisa, se os pagam é porque a isso são obrigados. Alguns ainda acreditam que os impostos são uma espécie de poupança para quando eles próprios necessitarem, outros, que são uma forma de financiar o Estado e, como o Estado é tão abstracto, acreditam que é uma maneira de os roubar.
Isto vem a propósito de alguns discursos políticos sobre o rendimento mínimo. De facto, está longe de ser transparente a sua distribuição, todos conhecemos um ou outro caso que recebe o rendimento mínimo sem necessidade de tal. De qualquer forma o que seria importante era políticas de emprego, educação e apoio médico-social correctas. A maioria das pessoas está-se nas tintas para quem não consegue ter meios de subsistência, é mesmo assim, a natureza humana é muito pouco solidária!
Quem fala de rendimento mínimo, fala também dos célebres subsídios de desemprego. Ainda não percebi muito bem porque o dito Estado, prefere pagar subsídios ao invés de incentivar a criação e manutenção dos postos de trabalho. Para os privados, quando têm lucro é um ganho pessoal, quando têm prejuízo, é o Estado que tem que arcar com as consequências!
Quem depende assim do Estado deve ter muita dificuldade em integrar-se socialmente e em participar de um modo activo quer politicamente, quer noutros aspectos.
Os partidos de direita queixam-se do Estado paternal, os partidos de esquerda, queixam-se de um Estado indiferente. Afinal em que é que ficamos?
Está na altura de decidirmos o tipo de Estado em que queremos viver. Precisam-se de ideias urgentemente. Os partidos comunistas falharam, na maior parte desenvolveram um Capitalismo de Estado, a Economia de Mercado apregoada pelos liberais, também falhou. Está na altura dos cidadãos do mundo inteiro decidirem novas políticas que contemplem os mais fracos e incentivem os mais fortes a partilhar sem contrapartidas.

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