quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Matisse
Por de trás das cortinas azuis
Que o sol aos poucos empalideceu,
Vejo os campos esverdecidos
De mil tons subtis
Rentes ao espantado céu
Por mil pássaros endoidecidos.

É dessa janela fechada
Que o vento leve incomoda,
Que sinto o vidro estremecido
Como o meu coração perdido,
No peito da minha fachada.

Junto das cortinas azuis da janela
O meu corpo está parado
E o meu pensamento, por ela,
Passa, como furacão, em rajada.

Sem comentários: