sábado, 31 de janeiro de 2009

Amadeu de Sousa Cardoso
No calado silencio da tua ausência, desespero
Clamo por ti no deserto da minha demência
Choro-te no meu peito vazio...
Tranco a garganta de dor em suspiros
E arrefeço o meu corpo frio
Eu sou a imensidão...
Na hora que entre nós medeia
No devir infinito da solidão
Eu canto o meu canto de sereia.
Arrimo contra mim o cansaço
O acolhedor abraço da exaustão
E torno o dia em cada noite...
No calado silencio da tua ausência, em vão
Parto em busca da minha compaixão
E volto a ser a interrogação!


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