À beira-mar
À beira-dia
Na praia vazia
Espalham-se em rendas, as ondas
No areal, brancas, estendidas.
Espalham-se em mantos, as nuvens
Na abóbada, brancas e frias.
Está claro o dia
Está salgado o dia
Embrulhado na brisa
Sulcado de cristais de sal
Os passos na lama doirada
Desenham traços
Calados
E depois, são apagados
E depois, são lavados
Nas águas mornas,
Já cansadas.
À beira-mar
À beira-dia
Na praia vazia
Levantam-se em bandos, as gaivotas
No ar em curva, tão sossegado.
Levantam-se em versos, os gritos
Numa linguagem feita de voos.
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